A temática dos Probióticos, muito em voga nos dias de hoje, está muitas vezes relacionada com a intolerância à lactose.
Para quem não nos segue ou ainda não leu, aqui no blogue, sobre o que é a intolerância à lactose, relembramos que esta é, também, conhecida como a má absorção de lactose (lactose malabsorption), o tipo mais comum de má absorção de hidratos de carbono. A intolerância à lactose está associada à incapacidade de digerir lactose nos seus monossacarídeos, glicose e galactose, devido aos baixos níveis de atividade da enzima lactase.
Mas o que é que os Probióticos têm que ver com a intolerância à lactose?
Não existem tratamentos estabelecidos para a intolerância à lactose, além da remoção quase completa de produtos lácteos. Porém, a restrição de laticínios é uma grande preocupação, pois a sua remoção de uma dieta pode resultar numa ingestão de cálcio abaixo da dose recomendada de 1.000 mg por dia para homens e mulheres e 1.300 mg
para adolescentes.
Por esse motivo, é necessário ter em conta uma abordagem mais “moderada”, que não consista na remoção total desses produtos da nossa alimentação ou a ingestão de outros alimentos alternativos.
Além desses alimentos alternativos, existem duas opções no caso da intolerância à lactose, que são os suplementos de enzima lactase disponíveis no mercado e a adição de probióticos.
O que são Probióticos?
Probióticos são microorganismos vivos que são utilizados regularmente e que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício de saúde ao seu
hospedeiro.
Estudos demonstraram que pessoas com intolerância à lactose suportaram melhor a lactose no iogurte do que a mesma quantidade de lactose no leite. Assim, pressupôs-se que a presença de bactérias produtoras de lactase no iogurte, especialmente Lactobacillus acidophilus , contribuísse para a digestão e absorção da lactose. Verificou-se, também, que a presença de Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus atenua a intolerância à lactose, pela sua capacidade de produzir a enzima lactase.
Por fim, num outro estudo, verificou-se que o consumo de leite contendo Bifidobacterium longum resultou numa significativa diminuição da produção de flatulência, quando comparado ao consumo de leite pasteurizado.
Dada a elevada procura por esta temática, vamos continuar a produzir mais informação sobre estes conceitos, uma vez que este estudo deixou-nos com mais curiosidade sobre os possíveis efeitos que os Probióticos podem ter numa pessoa intolerante à lactose, nomeadamente, no controlo de alguns dos sintomas.