Sobre intolerância à lactose

Enzima para intolerância à lactose

Enzima para intolerância à lactose

Como sabemos, a intolerância à lactose surge no momento em que o corpo não se torna capaz de digerir a lactose – uma forma de açúcar que contém galactose e glicose. 

Enzima lactase para intolerância à lactose

Se formos intolerantes teremos dificuldades em consumir qualquer tipo de alimentação que contenha lactose e poderemos viver em condições complicadas e incómodas.

A gravidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa, sendo que os problemas podem ser mais complexos se anexados a outras condições como a síndrome do intestino irritável. 

Ora, nesta condição da intolerância à lactose, temos obrigatoriamente de falar de uma enzima digestiva que está envolvida neste processo: a lactase. 

Intolerância à lactose tem cura?

Os sintomas da intolerância à lactose podem ser controlados através de uma dieta mais rigorosa ou mesmo evitando o consumo de certo tipo de alimentos prejudiciais e que potenciam sintomas desta condição como são os já falados lacticínios. 

Para muitas pessoas, bastará limitar e gerir de forma controlada a lactose que ingerem de forma a manterem um bem-estar diário. Para outras, só mesmo com a eliminação destes produtos das suas próprias alimentações é que conseguirão evitar o agravamento dos sintomas provocados pela intolerância à lactose

Enzima lactase

Existem produtos com lactase que podem ajudar a reduzir os sintomas da defesa contra a intolerância à lactose. Podem ser em comprimidos ou gotas, sendo que de igual forma contêm esta tal enzima que vai ajudar na decomposição da lactose.

Como tomar a enzima lactase?

Estes produtos devem ser tomados quando temos refeições ou na ingestão de produtos líquidos com lactose. Também é possível adicionar gotas ao leite antes de beber. 

A dosagem-padrão da enzima lactase situa-se entre as seis mil e as nove mil unidades internacionais. De notar que na Europa a dosagem padrão é 4500 unidades de FCC (Food Chemicals Codex), conforme publicado em regulamento europeu. É também aconselhável que a primeira dose seja baixa e que depois deva ser aumentada progressivamente.

É, no entanto, muito importante verificar com o médico se é possível utilizar este método, até porque crianças ou mulheres grávidas podem não poder utilizá-lo.

É seguro tomar enzima lactase todos os dias? 

Na maioria dos casos, tomar enzima lactase não causa efeitos adversos no organismo, se for aplicado de forma correta. No entanto, se a dosagem for errada e/ou se formos alérgicos, aí o caso muda de figura. 

Tomar enzima lactase: deve ser ingerida logo antes do consumo de algum produto com lactose ou com pelo menos 15 minutos de antecedência. (1) Se fizermos de outra forma, estará errado e poderemos manter/aumentar os problemas gastrointestinais.

Medicamentos: Alguns medicamentos podem ter uma ação negativa, se estiverem a ser tomados com a enzima lactase. É que esta enzima pode complicar o funcionamento de algum medicamento específico, pelo que é importantíssimo que se verifique com o médico a compatibilidade entre ambos.

Problemas na pele: Se formos alérgicos a algum dos ingredientes de um suplemento de enzima lactase, poderemos sofrer com irritações na pele. Poderão também surgir casos como inchaços na boca, lábios, língua ou rosto.

Assim, por norma, estes suplementos são seguros. No entanto, todos os cuidados devem ser tomados para que sejam tomados em segurança. Diabéticos, em especial, devem ter em atenção esta questão. Como a lactase entra em contacto com os açúcares, é importante verificar sempre os níveis de açúcar no sangue para evitar que sejam absorvidas quantidades abusivas de açúcar.

Por que o corpo para de produzir a enzima lactase?

Esta enzima é produzida no revestimento do intestino delgado e divide a lactose nas tais moléculas de que falámos anteriormente, a glicose e a galactose. Como algumas pessoas não são capazes de produzir esta enzima, acabam por se encontrar no grupo de pessoas que conhecemos como intolerantes à lactose.

Este conjunto de pessoas acabam por apresentar uma série de problemas gastrointestinais através da ingestão de lacticínios.

Normalmente, estas questões prendem-se com as diferenças genéticas entre as pessoas. O sistema digestivo, desde pequenos, é mecanizado para que o bebé sobreviva apenas com leite materno. E para ser digerido, os bebés produzem uma grande quantidade de enzima lactase. Progressivamente, e consoante o bebé vai ingerindo outros alimentos, o seu corpo passa a produzir menos enzima lactase.

Deste modo, e com divergências genéticas entre as pessoas, passam a existir pessoas que produzem bem menos lactase do que outras, tornando-se elas também mais intolerantes ao leite, comparativamente com outras pessoas. Essa incapacidade de produzir menos lactase pode ter como base duas explicações: ou pela questão genética – na qual alguns corpos produzem menos lactase do que outros, como já referido – ou por algum problema intestinal, que pode ser causado por questões relacionadas com a intolerância ao glúten ou inflamações crónicas no intestino delgado (por exemplo, a Doença de Crohn). (2)

Por que os suplementos de enzima lactase nem sempre funcionam?

Apesar de existirem produtos que ajudam no alívio dos sintomas, nem sempre eles podem ser a solução indicada para o problema da intolerância à lactose. Tudo isto porque se o problema for hereditário, intrínseco à pessoa em questão ou se for causado por uma lesão no intestino delgado, não será desta forma que se irá melhorar o problema.

Neste caso, só com uma observação médica é que se poderá procurar tratar da melhor forma desta questão. Por isso, é importante consultar um médico sempre que existe esta condição.

  1. “Do Lactase Enzymes Work Against Lactose Intolerance?”, em “How effective are lactase enzymes in lactose intolerance?”, linha 7 a 8. Disponível em: https://www.news-medical.net/health/Do-Lactase-Enzymes-Work-for-Lactose-Intolerance.aspx
  2. “Causes and diagnosis of lactose intolerance”, em “How does lactose intolerance develop?”, linha 7 a 17. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK310263/